Sala privativa é uma solução para meu negócio?

SALA PRIVATIVA É UMA SOLUÇÃO PARA MEU NEGÓCIO?

Há uma congruência inexorável nos modelos de negócios atualmente. Todos deverão reduzir custos. Não que o custo seja um vilão ou que seja o fator com a maior relevância, mas sim porque é necessária essa adaptação para as perspectivas presentes e futuras trazidas pelos novos tempos, pós pandemia. É uma regra desde sempre evitar uma conduta administrativa perdulária, desprovida de senso de responsabilidade nos gastos das empresas. Nesse quesito, os recursos sempre puniram os que não foram atentos a essa regra de ouro.

Por outro lado, não é o fato de baratear o produto que lhe garantirá seu vigor, prova disso são os artigos de luxo. Tudo tem seu nicho em consequência da diversidade de renda e hábitos de consumo.  Todavia, essa situação exige mais atenção. Vivemos novos rumos, com percepções novas. O digital acelerou-se e trouxe expectativas diferentes de consumo. Muitos começaram a atentar para os benefícios trazidos por essa nova experiência.

Vejamos por exemplo, para clarear a assertiva, um caso corriqueiro na vida das empresas. Uma simples reunião entre membros que necessitam tomar decisões. No modelo anterior, devido as distâncias, a empresa promovia um encontro e deslocava parte do seu staff interessado na demanda e os junta em uma determinada cidade, um lugar para sua realização, que duraria oito horas.

Pessoas viajavam de suas sedes ao encontro do grupo. Entre embarque, conexões e translado leva-se aproximadamente um dia. Mais um para a reunião propriamente dita, e o retorno, mais outro, totalizando três longos dias.

Comparemos agora com a situação atual: uma reunião é agendada, on line, todos comparecem de suas bases e ela é concluída em oito horas ou menos. Nesse paralelo fica claro a diferença de custo e tempo despendido entre um e outro modelo?

Baseado nessa mesma premissa, não importa o tamanho da empresa, todos irão ter novo comportamento. Um advogado iniciando sua profissão ou uma empresa de estrutura maior, todos agirão de forma semelhante quanto a essa questão de custo.

Trazendo outro exemplo nesse sentido, imaginemos uma empresa com 12 membros que percebeu que alguns podem e devem trabalhar em home office e que apenas 25% deles devem permanecer atuando juntos. A primeira medida, após essa decisão, é adequar o espaço da empresa. De uma dimensão de 40 m2 essa empresa necessitará apenas de ¼ disso, ou seja, 10 m2. Coerente é que ela procure ajustar as necessidades. Algumas atividades deverão existir, mas pontualmente. Uma reunião presencial periódica com toda a equipe, um local adequado para o diretor receber seu fornecedor ou mesmo o setor de compras realizar suas atividades. Como resolver isso uma vez que o espaço ficou reduzido?

A solução satisfatória tem sido o uso de coworking e seus espaços compartilhados. Salas para reuniões, salas de atendimento, local para treinamentos, endereço fiscal e comercial, tudo isso é oferecido por essa solução corporativa. Afinal, para quer pagar pelo uso integral se a demanda é apenas parcial? Lembremos que a ação perdulária não é aceita pelo mercado e sempre é punida.

Agora vamos trazer a figura do advogado iniciante citado acima. Formou-se, precisa começar a prospecção dos seus novos clientes, mas não pode gerar custos sem garantir receita. Qual a solução para essa situação?

Novamente o coworking entra para atender esse profissional liberal. Ao invés de iniciar com um escritório próprio, gerando despesas, ele utiliza salas privativas de forma pontual, pagando apenas pelo tempo de utilização. Nesse espaço corporativo ele encontrará tudo que necessita para exercer sua atividade e ganhar eficiência. Estacionamento, acessibilidade, recepção, internet, higienização do ambiente e segurança, tudo isso ao seu dispor de forma barata e compartilhada.

Portanto, nesse novo mundo descortinado pela pandemia, muita coisa foi percebida de como agir nas organizações. Quando dizemos novo mundo nos referimos ao entendimento porque, a bem da verdade, tanto as tecnologias quanto as soluções corporativas já existiam, apenas que muitos atentaram para sua realidade agora.
De certa forma a vida requer pausas e descanso, pois a atividade permanente causa fadiga e desgastes e por isso existe uma tendência da busca do conforto. No entanto, ao buscar essa condição, somos vítimas de uma questão sensível: a permanência nessa zona de conforto. Nela muitas vezes não observamos o óbvio e é por isso que muitas empresas aumentam sua entropia e diminuem a sua capacidade de se revigorar. O resultado já sabemos: diminuição das atividades, perda de eficiência e estagnação.
Esse novo mundo trouxe essa questão a baila e tirou muitas empresas dessa zona. Outras porém, infelizmente, não compreenderam e fecharam e assim acontecerão com aquelas que resistirem a esses novos tempos.

Fato é que as soluções existem e devem ser adotadas, para que as atividades permaneçam robustas e elevando nosso padrão econômico.  Afinal, podendo, por que não buscá-las?

Por fim, segue uma frase antiga, mas inspiradora:

“Quem quer vai e faz, mas quem não quer arruma desculpas”.

Por Flávio Mendonça

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